Roubo no Louvre: ladrões levam oito joias da coroa francesa; veja quais - Estado do Pará Online

Roubo no Louvre: ladrões levam oito joias da coroa francesa; veja quais

Quadrilha invadiu o museu com elevador mecânico, arrombou vitrines e fugiu em scooters; peças levadas pertenciam à realeza francesa e têm valor histórico inestimável.

O Museu do Louvre, em Paris, foi alvo de um audacioso roubo na manhã do último domingo (19). Em uma ação que durou poucos minutos, criminosos mascarados invadiram o museu mais visitado do mundo e levaram oito joias da coroa francesa, descritas pelas autoridades como “de valor inestimável”. Tudo isso em plena luz do dia e com o museu cheio de visitantes.

Segundo a Polícia Francesa, o grupo usou um elevador mecânico montado em um veículo para acessar a Galerie d’Apollon (Galeria de Apolo) — onde estão expostas as joias da realeza. A invasão ocorreu por volta das 9h30 (horário local), pouco depois da abertura do museu ao público.

Imagens divulgadas pela imprensa francesa mostram uma escada apoiada em uma varanda do prédio, próxima ao Rio Sena, por onde os criminosos teriam entrado. Com ferramentas elétricas, eles cortaram as vidraças e arrombaram vitrines, enquanto guardas eram ameaçados e visitantes retirados do local.

De acordo com o Ministério da Cultura da França, os alarmes do museu funcionaram normalmente, e a equipe seguiu o protocolo de segurança, acionando as autoridades e evacuando o espaço. Os ladrões tentaram ainda incendiar o veículo utilizado na fuga, mas foram impedidos por um funcionário.

Joias de imperatrizes e rainhas francesas

As peças roubadas pertenciam a antigas coleções da coroa francesa, datadas do século 19, e incluem tiaras, colares, brincos e broches adornados com diamantes, esmeraldas e safiras. Entre os itens levados estão:

  • Uma tiara e um broche da Imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III;
  • Um colar e um par de brincos de esmeralda da Imperatriz Maria Luísa;
Um colar e um par de brincos de esmeralda da Imperatriz Maria Luísa;
  • Uma tiara, um colar e um brinco do conjunto de safiras que pertenceu à Rainha Maria Amélie e à Rainha Hortense:
Uma tiara, um colar e um brinco do conjunto de safiras que pertenceu à Rainha Maria Amélie e à Rainha Hortense:
  • Um broche conhecido como “broche relicário”.
Broche de diamantes conhecido como “broche relicário”

Duas outras peças, incluindo a coroa da Imperatriz Eugénie, foram encontradas nas proximidades do museu, aparentemente caídas durante a fuga. Elas estão sendo analisadas para verificar se sofreram danos.

A coroa da Imperatriz Eugénie

O ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, afirmou que o crime foi “muito rápido e extremamente profissional”. Já a ministra da Cultura, Rachida Dati, destacou que os suspeitos agiram “calmamente e com precisão”, fugindo em duas scooters após o roubo.

Louvre fechado e investigação em andamento

O Louvre anunciou o fechamento temporário “por motivos excepcionais” e permanece isolado pela polícia, que investiga o caso como furto organizado e conspiração criminosa. Um departamento especializado em tráfico de bens culturais está colaborando nas investigações, com base em imagens das câmeras de segurança e no rastreamento da rota de fuga.

O episódio provocou pânico entre visitantes, que precisaram deixar o museu às pressas. “Foi uma cena de caos total”, relatou uma testemunha à imprensa local.

Histórico de roubos

O Louvre já foi palco de outros roubos célebres. Em 1911, a Mona Lisa foi furtada por um funcionário italiano, sendo recuperada dois anos depois. Em 1998, um quadro de Camille Corot, Le Chemin de Sèvres, desapareceu e nunca foi encontrado.

Casos semelhantes também ocorreram recentemente em outros museus franceses: em 2024, porcelanas avaliadas em 9,5 milhões de euros foram levadas do Adrien Dubouché Museum, em Limoges; e, em anos anteriores, peças raras foram roubadas do Cognacq-Jay Museum, em Paris, e do Hieron Museum, na Borgonha.

Enquanto as autoridades continuam as buscas, o governo francês classifica o roubo como “um ataque ao patrimônio cultural da humanidade”.

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