Com tensão entre EUA e China, exportação de soja brasileira assume posição de destaque - Estado do Pará Online

Com tensão entre EUA e China, exportação de soja brasileira assume posição de destaque

Política tarifária de Donald Trump motivou redução significativa de vendas ao país asiático

Imagem: Blog Corteva Agriscience

Segundo a American Farm Bureau Federation, entidade agrícola que representa cerca de seis milhões de agricultores norte-americanos, o Brasil assume posição de destaque ao preencher o espaço aberto pela China, que cessou a compra de soja exportada pelos EUA.

O relatório divulgado pela insituição aponta que o volume embarcado de soja, saído dos EUA, ao mercado Chinês, teve uma queda de quase 78% comparando janeiro e agosto deste ano com o mesmo período em 2024. A entidade explica que a China não deixou de comprar soja, apenas substituiu os grãos provenientes dos Estados Unidos pelos produzidos em outros países, nos quais o Brasil apresenta um papel importante.

O período coincide com a tensão tarifária ocorrida entre as duas maiores economias mundiais, posteriormente acompanhada por um movimento de distensão mútua. Ao final das tratativas, a China definiu tarifas de aproximadamente 20% sobre a soja proveniente dos Estados Unidos.

Utilizando dados do governo federal, a American Farm Bureau Federation apontou que, em 2025, as exportações agrícolas dos EUA para a China totalizarão US$ 17 bilhões, uma queda de 30% em relação a 2024. Para 2026, a previsão é de que as vendas cheguem a US$ 9 bilhões, representando o menor nível desde a guerra comercial de 2018.

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