O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta segunda-feira (6) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por cerca de 30 minutos. Durante o diálogo, o chefe do Executivo brasileiro solicitou a revisão das tarifas de importação e das sanções aplicadas contra autoridades brasileiras, segundo nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
De acordo com o governo, Lula e Trump trocaram telefones para manter contato direto e concordaram em se encontrar presencialmente em breve. O brasileiro sugeriu que o encontro ocorra durante a Cúpula da Asean, na Malásia, e reiterou o convite para que o presidente norte-americano participe da COP30, que será realizada em Belém (PA) em 2025.
Na conversa, os dois líderes relembraram a “boa química” do encontro em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro. Lula destacou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços e pediu a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos brasileiros, além da revogação das medidas restritivas contra autoridades do país.
Trump, por sua vez, designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações sobre o tema com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad.
As restrições impostas pelo governo norte-americano incluem a revogação de vistos de autoridades como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o advogado-geral da União Jorge Messias e o ministro da Saúde Alexandre Padilha. Além disso, Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, foram incluídos na lista de sanções da Lei Magnitsky, usada pelos Estados Unidos para punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou corrupção.
Em publicação nas redes sociais, Lula afirmou que considera o contato direto com Trump uma “oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”.
Leia também: