Dívida Pública cresce 2,59% em agosto e atinge R$ 8,14 trilhões, aponta Tesouro - Estado do Pará Online

Dívida Pública cresce 2,59% em agosto e atinge R$ 8,14 trilhões, aponta Tesouro

Valor segue dentro da previsão oficial, mas projeção para 2025 foi revista e passou para até R$ 8,8 trilhões

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou agosto em R$ 8,14 trilhões, segundo dados divulgados na última terça-feira (30) pelo Tesouro Nacional. O número representa um avanço de 2,59% em comparação com julho, quando o estoque estava em R$ 7,939 trilhões.

Apesar da alta, o patamar continua dentro das metas traçadas no início do ano. O Plano Anual de Financiamento (PAF) previa que a dívida poderia variar entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões até dezembro. Agora, com a revisão feita pelo Tesouro, o intervalo passou a ser de R$ 8,5 trilhões a R$ 8,8 trilhões.

De acordo com Daniel Mario Alves de Paula, coordenador-geral substituto de Controle e Pagamento da Dívida Pública, o cenário é considerado positivo: “Essa alteração reflete um ambiente muito mais saudável de emissão no ano, o que permitiu ao tesouro conseguir recompor de forma saudável o colchão de liquidez”.

Em agosto, as emissões de títulos somaram R$ 175,69 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 39,05 bilhões. O saldo foi de emissão líquida de R$ 136,64 bilhões. A maior parte veio da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que respondeu por R$ 136,94 bilhões. No caso da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve resgate líquido de R$ 300 milhões.

O destaque ficou para os papéis com remuneração prefixada, que representaram R$ 89,23 bilhões do total emitido. Títulos atrelados à taxa flutuante chegaram a R$ 59,46 bilhões, enquanto aqueles indexados a índices de preços ficaram em R$ 26,82 bilhões.

No Tesouro Direto, as emissões atingiram R$ 6,38 bilhões em agosto. Já os resgates corresponderam a R$ 3,45 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 2,93 bilhões. O título mais procurado pelos investidores foi o Tesouro Selic, responsável por mais da metade (53,13%) do volume vendido. O estoque total da plataforma alcançou R$ 190,2 bilhões, um crescimento de 2,4% em relação a julho.

Mesmo com a atualização do PAF, Alves de Paula pondera que o objetivo não é atingir o teto da nova previsão: “A gente colocou uma banda confortável para que não fure nem para cima nem para baixo”, explicou.

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