O ministro do Turismo, Celso Sabino, formalizou nesta sexta-feira (26) seu pedido de demissão do cargo no governo federal. A decisão é um aceno à pressão do seu partido, o União Brasil, que na semana passada deu um ultimato para que seus filiados deixassem todas as posições no governo Lula (PT).
Sabino, que é deputado federal eleito pelo Pará, permanecerá no comando da pasta apenas até a próxima quinta-feira (2), a pedido do presidente. O ministro acompanhará Lula em Belém, no evento de entrega de obras que foram concluídas para a realização da COP30 na capital paraense.
O agora ex-ministro confirmou que entregou a carta de saída ao presidente, explicando que está apenas acatando a determinação partidária. Ele manifestou seu desejo de seguir o trabalho no Turismo, afirmando que há um diálogo em andamento para avaliar as “cenas dos próximos capítulos” com o União Brasil.
Celso Sabino vinha tentando articular uma solução junto a dirigentes e aliados nas últimas semanas para evitar sua saída da pasta. Ele conseguiu adiar seu desligamento por alguns dias, utilizando como argumento as agendas a serem cumpridas.
O União Brasil acelerou seu desembarque do governo federal, aprovando uma resolução que exigia a desocupação dos cargos em até 24 horas. O texto da norma, chancelada pela cúpula nacional, prevê punições disciplinares, incluindo a expulsão, para os membros que não cumprirem a determinação.
O ministro paraense, que estava no comando do Turismo há dois anos, agora deve retornar à Câmara dos Deputados. A decisão do União Brasil não afeta os ministros Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), que, embora indiquem as pastas do partido, não são filiados e estão na cota pessoal do presidente do Senado.
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