Por Edir Veiga*
Aparentemente quatro grupos estão se movimentando para as disputas governamentais de 2026.
O grupo governista, comandado pelo governador do Estado, Helder Barbalho (MDB), que indicou desde 2023, a vice-governador Hana (MDB). Existem três grupos da oposição em movimento: O PSB, comandado pelo Dr.Daniel, o PL, comandado por Éder Mauro e o PSOL, comandado pelo prof. Edmilson Rodrigues.
A possibilidade de ocorrer a fusão dos grupos do Dr.Daniel com o grupo do delegado Éder Mauro, exige que o Dr.Daniel viesse a migrar para um partido da Base de Bolsonaro (PL) no Estado.
Parece descartado a possibilidade do PSOL vir a apoiar a candidata do MDB em 2026, o que significa que pelo menos 5% de votos ficariam em suspenso, num eventual segundo turno, naquela eleição.
Existem grupos, descontentes com o governo do Estado, por razões políticas, quer dizer, condenam a relação muito próxima do governador atual com o governo Lula.
Estes grupos corporativos, representados pelo agronegócio e empresários urbanos do Sul, Sudeste e Oeste paraense, podem significar peso eleitoral, por possuírem recursos econômicos, políticos e ideológicos nos municípios paraenses.
O PODEMOS, liderado pelo senador Zequinha Marinho, possui recursos políticos consideráveis também, especialmente em parcelas do voto evangélico e no agronegócio e tem sinalizado convites ao Dr.Daniel para entrar em suas fileiras.
Não podemos deixar de lembrar de que o ex governador Simão Jatene pode aceitar uma eventual candidatura ao senado e agregar apoio à oposição Bolsonarista.
Parece que o jogo pode ser intenso, persistente e “pegado” nas disputas que se avizinham.
Todos estão utilizando as redes digitais com a máxima intensidade. Acusações recíprocas, pipocam a cada minuto nos smartphones.
As pesquisas preliminares indicam nomes com boa aceitação popular como: Hana Ghassan, Dr.Daniel, Éder Mauro e Simão Jatene.
As máquinas administrativas, judiciárias, políticas e orçamentárias estão sendo azeitadas. O jogo será muito “pesado”, quem for fraco vai se quebrar.
Tudo isso num contexto da enorme polarização política que toma conta do Brasil num contexto de explícita guerra comercial estadunidense contra o Brasil.
*Edir Veiga é professor de Ciência Política da UFPA.
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