Diego Hernández deve estrear pelo Clube do Remo na noite desta quinta-feira (24), contra o Avaí, no Mangueirão, pela 18ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O jogo marca também a primeira vez do uruguaio com a simbólica camisa 33, que carrega um significado especial e uma pressão velada dentro do Baenão. Aos 25 anos, o ponta-esquerda chega com moral, mas já consciente da responsabilidade que o número impõe.
“Sei da responsabilidade do número 33 no time. Sou um jogador que gosta de desafios. Falei com o Marcos (Braz) e com meu pai, me informei sobre o peso da camisa e vejo isso como um desafio a mais na minha carreira e na minha vida”, destacou.
O número 33 ganhou relevância na década de 1990, durante a histórica sequência de 33 jogos invictos do Remo contra o Paysandu, o maior tabu do clássico Re-Pa. Desde então, a numeração virou símbolo e passou a ser observada de perto pela torcida azulina. Eduardo Ramos chegou a usar a 33 no Leão, mas só conseguiu virar ídolo da torcida depois que deixou de usar a numeração e passou a ser o 10.
Nesta temporada, o atacante Felipe Vizeu chegou com status de craque e assumiu a responsabilidade, porém não caiu nas graças do torcedor após atuações abaixo do esperado. Inclusive, ele também mudou o número e agora usa a camisa 9, no entanto, segue sem sucesso. Ciente desse histórico, Hernández prefere encarar o número como motivação.
“Estou aqui para aceitar esse desafio e voltar a ser o jogador que já fui anteriormente. Fisicamente me sinto bem. Vai depender do processo do clube, mas espero estar em campo logo”, pontuou.
Natural de Villa Española, bairro de Montevidéu, Hernández acumula passagens por Montevideo Wanderers, Botafogo, León (México) e Everton (Chile). Também defendeu a seleção uruguaia nos Jogos Pan-Americanos de 2023. Ele se disse encantado com Belém e o projeto remista.
“Conversei bastante com o Marcos e gostei da cidade, das pessoas e da proposta. Estou pronto para jogar. Meu foco agora é o Remo. O que vier depois será consequência”, finalizou.
