Após a repercussão do resgate da jaguatirica Pituca na última segunda-feira (14) um debate foi iniciado nas redes sociais sobre o tempo que a agricultora Luciene Candido estava em posse do animal e em que condições ele chegou a família.
Em nova apuração sobre o caso, o EPOL resgatou o primeiro registro de Luciene falando da jaguatirica, que ficou conhecida nas redes sociais como ‘oncinha Pituca’. O vídeo foi gravado no início de agosto de 2024, mas a família já estava com Pituca desde o final de julho do mesmo ano.
No vídeo, a mulher narra que o marido trabalhava na propriedade na companhia de cães da família que auxiliam na caça quando ouviu um barulho de agitação dos cães e, ao de aproximar deles, entrou Pituca na boca um dos animais. Ela também conta que a jaguatirica estava com uma pata quebrada e, por isso, teria levado para a propriedade.
Segundo boletim do Ibama divulgado após o resgate, a jaguatirica estava desnutrida, com falhas na pelagem, infestação por parasitas — incluindo bicho-de-pé nas patas —, perda de dois caninos e uma lesão óssea na pata dianteira esquerda. A nota cita que a exposição de Pituca a cães, gatos, galinhas e até um cavalo, teria agravado seu estado de saúde porque desses animais apresentavam sinais de leishmaniose, uma doença grave que pode ser transmitida para humanos e felinos.
Relembre
Luciene, que vive com a família em uma propriedade em Uruará, no sudoeste paraense, compartilhava sua rotina e a convivência de convivência de Pituca com a própria família desde julho de 2024. Ao longo de nove meses, Pituca foi exibida em vídeos interagindo com crianças, cães, gatos, galinhas, gado e um cavalo. A rotina com a jaguatirica era registrada tanto no perfil próprio da felina quanto nos perfis dos cuidadores. Juntos, os perfis somam mais de 400 mil seguidores.
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